Alagação destruiu 15% da produção agrícola acreana, estimados em R$ 300 milhões

Cerca de 5 mil famílias de ribeirinhos tiveram os seus roçados completamente destruídos pela cheia dos rios acreanos. Os prejuízos do setor agrícola e pecuário são estimados em torno dos R$ 300 milhões, segundo o balanço preliminar dos técnicos da Secretária Estadual de Produção e Agronegócio (Sepa) dos pecuaristas e produtores rurais que foram atingidos pelas enchentes dos rios Acre, Yaco, Purus, Tarauacá, Envira e Juruá. “Estamos buscando apoio da nossa bancada no Congresso Nacional para adoção de três medidas de socorro às vítimas da alagação”, destacou o secretário estadual de Produção e Agronegócio (Sepa), Edivan Maciel de Azevedo.

Edivan apontou que a primeira medida para mitigar os prejuízos será a prorrogação das dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que vence neste ano, inclusive as dívidas do Fundo Constitucional do Norte (FNO). A segunda medida seria a criação de um auxílio emergencial de R$25 mil para recuperação das atividades econômicas e a terceira uma ajuda do governo do Estado correspondente ao mesmo valor para aquisição de insumos, sementes e mudas, para recuperação dos roçados destruídos pela cheia deste ano.

Como as famílias de pequenos produtores perderam tudo, agora buscam uma doação de 20 mil toneladas de alimentos de uma empresa sediada em São Paulo para socorrer as vítimas com a distribuição de mais de duas mil cestas básicas. “A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comovida com o drama dos produtores rurais fez uma doação de 1.100 cestas básicas à Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM)”, revelou.

O secretário da Sepa aponta que os roçados de banana foram arrastados pela enchente, os plantios de macaxeira ficaram alagados e as hortas completamente destruídas pela cheia. Como consequência há falta destes produtos básicos nos mercados e feiras dos bairros. “Com a importação de muitos produtos, o preço da cesta básica deve ficar mais salgado”, prevê o secretário.

Edivan acrescentou que a alagação das pastagens reduziu drasticamente a produção leiteira nos 12 municípios que estão em situação de calamidade pública. Como consequência, houve o aumento do preço da manteiga e do queijo comercializados nos mercados da capital acreana. “Estamos buscando alternativa para mitigar esse prejuízo”, finalizou Edivan Maciel.