Amigos parabenizam craque Anjo com partida de Futebol em Brasiléia

Chiquinho Chaves – sentinela da fronteira

Os amigos de futebol e da vida prestigiaram na tarde desta terça-feira 16, o aniversário de 49 anos de Anjilberto Gurgel (Anjo), aquele que é considerado um dos melhores e para muitos o melhor jogador de futebol dos últimos 30 anos em Brasileia, com destaque não só no município, mas na capital acreana, fora do estado e até no exterior.

Para evitar aglomeração, cerca de 15 amigos foram convidados para comemorar os quase 50 anos de anjo, no palco principal, Ginásio Eduardo Lopes Pessoas, onde por inúmeras vezes o craque fez alegria dos amantes do bom futebol, com dribles, passes, gols e muitos títulos.

Anjo teve uma carreira de sucesso, aos 15 anos de idade já era titular da seleção de Brasiléia.

Atuou profissionalmente por clubes acreanos como: Rio Branco, Atlético acreano, Vasco da Gama, Andirá, Adesg e Alto Acre. O Morcego da fronteira como é conhecido pelos amigos desfilou seu futebol contra equipes do Amazonas do nível de Rio Negro e Nacional e times paraenses no auge que foi o Remo com estádio lotado.” O estádio tremia, eram mais de 30 mil pessoas”, comenta Anjo.

A carreira do menino da “cobra verde”, rua em que Anjo nasceu e se criou, também expandiu-se ao exterior, onde atuou em La Paz – Bolívia pelo Club Íbero Americano e em Cuzco no Peru. Em Cobija no ápice do futebol daquela cidade nos idos de 90 a 2000, Anjo jogou pelos tradicionais Caminos, Vaca Diez e Cobija.

O município de Brasiléia sempre teve campeonatos de futebol a altura de bons jogadores, a rivalidade era grande. Os principais times da cidade cobiçavam Anjo e já deixavam a camisa 10  reservada caso ele aceitasse jogar pela equipe. Assim, Anjo relembra que vestiu os mantos de Juventude, Cantareira, Atlético Brasileense, Ponte Preta, Internacional do ex-vereador Kaki em Epitaciolândia, Santos, Fronteira, Hawaii da Rua da Goiaba e outros que nem recorda mais.

No futsal a história do futebol de Brasiléia não pode ser contada se não citar o Atlético Brasileense dos anos de 2002 e 2005, puxado por Anjo e companhia, que faturaram tudo que jogaram, desde o estadual até a Copa Amazônica de 2005. “Tive a honra de jogar com o melhor jogador de futsal na época o Manoel Tobias”, comemora Anjo.

O Atlético Brasileense de 2002 e 2005 contava com jogadores que até hoje são parados pelos torcedores e aplaudidos, a equipe era incrível:  Valtér, Bil Rocha, Tetê, Cássio, Dóda, Jorgian, Raider, Elenilson, Paulo Sote, Bebetinho, Alcione, Maceta, Idalércio, João Paulo, Jefson Cabeção, Mário Jorge e o craque Anjo.

Atlético Brasileense 2002 - Campeão da Copa Amazônica ( Imagem Bil Rocha)

Anjo foi considerado o melhor jogador do Acre em 2002, 2003 e 2005, artilheiro dos campeonatos acreanos com recordes de gols, 30 gols em 2002 e 31 gols em 2005. “Eu sei que sozinho não poderia chegar a lugar nenhum por isso agradeço sempre aos jogadores que me ajudaram a ser o que fui, nunca joguei em função de mim, sempre joguei para o time, quem jogou comigo sabe disso”, disse Anjo.

Em 2015 Anjo jogou aos 42 anos de idade como profissional pelo time da casa, o Alto Acre, e no ano seguinte foi convidado a comandar o papagaio da fronteira como técnico da equipe.

Quando perguntado, quem foi o melhor jogador que ele viu depois dele (Anjo), o morcego responde que no município de Brasiléia é difícil citar um. “O Cangerê era um monstro, jogava demais, o Elenilson, o Alcione, puxa!, São tantos caras bons… Mas em nome desses três eu quero lembrar todos os craques de Brasiléia”, finaliza Anjo com a sensação do dever cumprido no futebol.