A Assembleia Legislativa vai recorrer ao Ministério dos Portos e Aeroportos, em busca de uma solução para a escassez de vagas em voos saindo de Rio Branco para Brasília e demais conexões.

Na semana passada, o deputado Eduardo Ribeiro denunciou na tribuna da Casa, o preço exorbitante de uma passagem no trecho entre a capital do Acre e o Distrito Federal, que chega a custar até R$ 5 mil.

Hoje Rio Branco é atendida por duas companhias aéreas que operam com um voo cada. Com a escassez de voos, a procura por vagas disparou, e os preços, também.

Na intenção de buscar junto aos setores responsáveis uma solução imediata para o problema, o presidente da Aleac, Luiz Gonzaga e o primeiro secretário Nicolau Júnior, se reuniram com os demais deputados na última quinta-feira, e anunciaram uma “força tarefa” do legislativo para cobrar o aumento na oferta de voos.

“Não vamos ficar de braços cruzados enquanto as empresas cobram preços inaceitáveis por um trecho saindo daqui para Brasília. Vamos mobilizar todos os deputados e juntos, cobrar uma medida urgente para por fim a essa crise”, garantiu Luiz Gonzaga.

Enquanto o número de voos diminuiu, o de passageiros aumentou. Foi o que divulgou a Vinci Airports, empresa que administra o aeroporto de Rio Branco. No último trimestre a empresa registrou um aumento de 11% no fluxo de passageiros no Acre, com 723 pousos e decolagens entre 1º de abril e 31 de julho, registrando aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2022.

“Estamos diante de um cenário crítico. Enquanto aumentou o número de passageiros embarcando, as empresas retiram voos que atendiam o Acre. Uma atitude que vem na contramão das estatísticas. Temos mais um fator para cobrar das empresas uma medida urgente, ou seja, mais voos para atender essa demanda”, pontuou Nicolau Júnior.

Na próxima terça-feira, dia 8, as 9h30, no plenário da ALEAC, os deputados irão conceder uma entrevista coletiva onde vão anunciar a primeira medida adotada para amenizar a crise aeroviária.