Com motoristas de ônibus em greve, população enfrenta filas para pegar táxi e voltar para casa em Rio Branco

Com a paralisação dos motoristas do transporte coletivo, a população que precisa do serviço enfrenta filas para conseguir um táxi, compartilhar uma viagem e, dessa forma, conseguir voltar para casa no fim do expediente.

Na tarde desta terça-feira (15), uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve no Centro de Rio Branco e flagrou usuários do transporte público aglomerados a espera de táxi.

Pelo segundo dia seguido, os motoristas de ônibus paralisaram as atividades em Rio Branco em protesto pelo atraso no pagamento de salários e o Terminal Urbano permaneceu fechado nesta terça-feira (15). A manifestação iniciou na segunda (14) e mais de 20 mil usuários são prejudicados.

Nesta terça, o grupo se reuniu em frente à prefeitura para buscar uma solução e fechou a Avenida Getúlio Vargas, causando transtornos ao trânsito. Os motoristas alegam que estão com salários atrasados há três meses e também não receberam o pagamento do décimo terceiro. Esse é o terceiro protesto em cinco dias.

Após a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Rio Branco rejeitar o projeto da prefeitura que destinaria aporte financeiro de R$ 2,5 milhões para empresas de ônibus, um novo documento deverá ser encaminhado para análise da Casa.

“A alternativa agora é táxi compartilhado ou Uber. Tirar esse dinheiro do bolso, nessa pandemia, faz falta”, disse Gelcione de Melo Marques, que nesta terça estava de folga do trabalho, mas na segunda-feira (14) foi andando para o serviço.

Já o operador de máquinas Marciano Félix explicou que precisou sair mais cedo de casa e pegar um ônibus da linha Senador Guiomard, que não está em greve, para chegar ao trabalho. Mas, para chegar em casa é com táxi compartilhado.

“Se não tiver ônibus, chego atrasado no trabalho. Vi em um ônibus de Senador Guiomard que não está em greve aqui, pego o ônibus da linha Bujari ou táxi compartilhado e paro em frente da empresa”, lamentou.