Condenado: Taxista pega mais de 23 anos de prisão por matar a mulher por causa de ciúmes

Por Aline Nascimento

Jéssica dos Santos de Paula foi morta na frente do filho — Foto: Arquivo pessoal

Jéssica dos Santos de Paula foi morta na frente do filho — Foto: Arquivo pessoal

O taxista Euclides Alves de Oliveira, de 32 anos, foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão por matar a mulher, Jéssica dos Santos de Paula, na frente do filho deles em outubro de 2018. Oliveira foi julgado nesta quinta-feira (4), na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, após mais de quatro anos do crime.

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A sentença determina que o taxista cumpra a pena inicialmente em regime fechado e não pode recorrer em liberdade. Euclides de Oliveira vai cumprir por por homicídio qualificado por motivo fútil, feminicídio, violência doméstica e crime cometido na frente do filho.

O advogado do acusado, Mauro Albano, confirmou que vai recorrer do resultado. “A condenação contraria as provas dos autos. Não com relação a autoria, mas em relação as qualificadoras”, argumenta.

A denúncia foi apresentada ao Judiciário em março de 2020. O acusado confessou o crime. Ele segue preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco por condenação em outros crimes.

O júri de Oliveira já tinha sido marcado para dezembro de 2021, mas foi adiado pela Justiça que informou na época que o processo tinha sido colocado na pauta por equívoco, pois ele ainda encontrava-se no Tribunal de Justiça do Acre em grau de recurso da sentença de pronúncia. A retirada do processo da pauta também foi um pedido da defesa do taxista.

Taxista foi julgado nesta quinta-feira (4) na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Taxista foi julgado nesta quinta-feira (4) na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Crime

Jéssica foi morta no dia 23 de outubro de 2018 na cidade de Cobija, na Bolívia, mas o caso foi encaminhado para ser investigado no Acre em junho de 2019 e o acusado foi pronunciado a júri popular pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.

Segundo informações do processo, o acusado e Jéssica tinham se separado e depois reataram o relacionamento, mas ele soube que ela teria se relacionado com outra pessoa durante o período em que estavam separados.

Depois de reatar o relacionamento, Euclides Oliveira descobriu que a mulher estava trocando mensagens com a mesma pessoa. O crime ocorreu após ela receber uma ligação sem identificação. Os dois brigaram e a mulher pulou em cima dele, foi quando ele pegou a arma e atirou nela. Jéssica morreu no local.