Efeito Lula faz PT projetar candidatura ao governo do Acre em 2022

A volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao processo sucessório pode refletir na disputa estadual do próximo ano. A direção regional do Partido dos Trabalhadores do Acre (PT) não descarta a hipótese de apresentar uma candidatura majoritária para a disputa do governo do Estado, pois a legenda precisará de candidaturas nos estado para chegar ao segundo turno da disputa Presidencial.

“O nome que defendemos na sucessão estadual é do ex-senador Jorge Viana, mas devemos percorrer os municípios para escutar o que pensa a militância com a volta do Lula a disputa do próximo ano”, admitiu Cesário Braga, presidente do Diretório Estadual do PT.

A dúvida se o grupo político do ex-deputado César Messias pretende levar o PSB para disputar a vaga do Senado, o apoio do governador Gladson Cameli a candidatura da ex-prefeita Socorro Neri a reeleição da prefeitura da capital acreana afastou a legenda da órbita petista.

O PT acreano tem feito  conversas com o senador Sérgio Petecão (PSD), há possibilidades de uma aliança PT/PSD para a disputa do Palácio Rio Branco e a vaga em disputa do Senado. “Temos bastante tempo para discutir as duas alternativas que estão na mesa da sucessão do próximo ano”, revelou Cesário.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Lava Jato da Justiça Federal do Paraná, trouxe a chama da esperança aos petistas que poderão ressuscitar na disputa de 2022.

O ministro Fachin revogou as decisões do caso do triplex do Guarujá, do Sítio de Atibaia e da aquisição do terreno para construção do Instituto Lula e garantiu os seus direitos políticos, mas a palavra fina caberá ao Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter o revogar a decisão monocrática que a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba não tinha competência jurisdicional para julgar processos envolvendo o ex-presidente Lula.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com agravo regimental na última sexta-feira (dia 12) para que a decisão do ex-magistrado Sergio Moro seja mantida para garantir a estabilidade processual e a segurança jurídica dos casos em questão. A defesa do ex-presidente da República teu cinco dias para se manifestar sobre o recurso.