Em processo interno de expulsão por infidelidade, prefeitos petistas já se consideram fora do PT

Chiquinho Chaves

Após o anuncio de que o Partido dos Trabalhadores (PT), havia iniciado processo de expulsão de três prefeitos (Fernanda Hassem-Brasiléia, Isac Lima-Mâncio Lima e Jerry Correia- Assis Brasil), e alguns vereadores do partido por infidelidade partidária em 2022, os gestores já se posicionaram e se consideram carta fora do baralho petista.

O PT é um dos partidos que mais prima pela fidelidade partidária, as brigas internas envolvendo as várias tendências sempre existiu, mas na hora de definir o nome a ser defendido pela sigla nas disputas eleitorais todos se abraçam e esquecem as diferenças, o que não ocorreu recentemente nas eleições para governo do Acre.

Contra Fernanda Hassem, Jerry Correia e Isac Lima pesa o fato de terem declarado abertamente, de viva voz apoio à reeleição de Gladson Cameli (PP), quando o PT tinha candidatura própria do ex governador Jorge Viana.

Ao saberem da noticia, os prefeitos não se esquivaram das respostas e já se consideram fora do PT, mesmo antes de sair a decisão ainda em andamento no Diretório Regional.

O primeiro a falar sobre o assunto foi o prefeito de Assis Brasil, considerado um petista de raiz mas que jogou na lama sua história dentro do partido onde exerceu também o cargo de vereador e chefias de órgãos estaduais no auge do PT. Jerry argumenta que não tem do que se defender e que não vai pedir desfiliação do partido.

Para a prefeita Fernanda Hassem, que a exemplo de Jerry, foi vereadora pelo PT e ocupou cargos em gestões petistas na prefeitura nos tempos áureos da sigla na fronteira, não há mais clima para que a mesma permaneça no Partido dos Trabalhadores, mas que não definiu um novo rumo politico.

Isac Lima, aproveitou para informar via assessoria de comunicação, que não precisa o PT o expulsar, ele mesmo já havia tomado a decisão de sair do partido tendo inclusive comunicado anteriormente à regional e que está muito tranquilo.

Conforme a Súmula 67 do TSE, a perda do mandato por infidelidade partidária não vale para os cargos majoritários (presidente, senador, governador, além dos vices), após as eleições, esses estarão livres para migrar para outra legenda, caso assim desejem, ou apenas se desfiliarem das siglas atuais.

A situação se complica para o lado dos vereadores petistas que acompanharam seus prefeitos e correm o risco de perder seus mandatos.

Já que os candidatos eleitos pelo sistema proporcional como deputados estaduais e deputados federais, e os vereadores, nas eleições municipais), que se desfiliarem dos partidos pelos quais se elegerem antes da chamada janela eleitoral, ou forem expulsos por justa causa, poderão perder o mandato por infidelidade partidária.