Bocalom e Maduro são suspensos no facebook por defesa de medicamentos SEM comprovação cientifica contra covid-19

Estadão Conteúdo

A página do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Facebook foi suspensa por um mês por violação das políticas da empresa contra divulgação de informações falsas sobre a Covid-19. A medida foi confirmada por um porta-voz do Facebook, neste sábado (27), após Maduro defender o uso de um remédio sem comprovação científica que, segundo ele, seria capaz de curar a doença.

Em vídeo, postado em janeiro, o presidente venezuelano afirma que uma solução oral derivada do tomilho seria um “milagre” que neutralizaria a doença, sem efeitos colaterais – declarações que não possuem embasamento na ciência. Durante os 30 dias de suspensão, será permitido apenas ler os conteúdos já disponíveis na página, não sendo possível publicar novas postagens.

Segundo números oficiais, nesta sexta-feira (26) o país o país somava 154.905 casos de Covid-19 e 1.543 mortes pela doença – números questionados pela oposição, que critica o número limitado de testes realizados no país.

O caso de suspensão de conteúdos do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom no Facebook, também segue o mesmo rumo de suspensão do presidente venezuelano, mudando apenas o uso dos medicamentos. Maduro defende a chamada uma “gota milagrosa” na cura da covid-19, enquanto o prefeito da capital acreana é veemente defensor do uso de medicamentos sem eficácia no tratamento precoce da doença. 

Por Thais Farias

 

 

O prefeito Tião Bocalom (Progressistas) foi suspenso por 48 horas do Facebook após defender o uso de remédios sem comprovação científica para tratamento precoce da Covid-19 na rede social. Ele avisou sobre a suspensão na manhã deste sábado, 27, por meio de outra conta na internet.

“Muitas prefeituras pelo Brasil estão iniciando o protocolo de tratamento precoce contra a Covid-19. O objetivo é diminuir a letalidade e a complexidade dos casos e evitar internações”, disse o prefeito de Rio Branco.

Ele prosseguiu dizendo que quando não se tem comprovação científica e nenhum medicamento indicado cientificamente, as evidências médicas precisam ser respeitadas. “Não se discute com as evidências”, afirma Bocalom.

Por fim, o prefeito comentou que o tempo dirá quem estava certo. “Enquanto a vacina não chega, vamos cuidar da forma como cada um imagina! Vamos vencer a Covid-19”, concluiu.