Rio de Janeiro - Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Governo Bolsonaro indica o presidente do Flamengo e mais sete para a Petrobras

Por Lauro Jardim

O governo já enviou à Petrobras as oito indicações para a formação do próximo conselho de administração da Petrobras, cuja eleição será em 13 de abril.

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, é o indicado para a cadeira de presidente do colegiado. Landim é ex-funcionário de carreira da estatal, onde trabalhou por 26 anos. Já foi superintendente da própria Petrobras e, durante o primeiro governo Lula, presidente da BR Distribuidora. Está fora da estatal desde 2006, quando foi trabalhar para Eike Batista.

Eis a lista dos outros indicados pelo governo ao conselho como titulares:

*Carlos Eduardo Brandão, Joaquim Silva e Luna, Luiz Henrique Caroli, Márcio Weber, Murilo Marroquim, Ruy Schneider, Sonia Villalobos e Agnes Costa.

Desses nomes acima, quatro já estão no conselho e, se depender do governo, serão reconduzidos: o general Silva e Luna, Murilo Maroquim, Sonia Villalobos e Ruy Schneider.

A divulgação dos indicados estava prevista para segunda-feira. Como a indicação de Landim tornou-se pública hoje de manhã, o governo resolveu antecipar a divulgação.

Se tudo correr como imagina o governo, Landim substituirá o almirante Leal Ferreira, cujo mandato está terminando.

Em meados de janeiro, o presidente do Fla e o ministro de Minas de Energia, Bento Albuquerque, tiveram um encontro no Rio de Janeiro onde sua ida para a Petrobras foi o tema da conversa. Dois meses antes, Bento já dera uma indicação pública de sua proximidade com Landim num evento do governo do Rio de Janeiro, em Itaboraí. Lá, diante de autoridades e executivos da Petrobras, o ministro Bento disse para a plateia que Landim não estava lá como presidente do Flamengo, mas como executivo do setor de óleo e gás.

Landim é hoje o presidente de clube de futebol mais próximo do governo. No início da pandemia e em sua fase mais aguda era o Flamengo que, em sintonia com Jair Bolsonaro, o clube que mais tentava acabar com as restrições impostas pelo combate à Covid, como, por exemplo, a proibição de torcida nos estádios.