Mais Dinheiro: Políticos “mudam de cor” no TSE após regra que aumenta verba a partidos com candidatos negros

No Acre, dos 38 candidatos eleitos que buscam retornar aos cargos 40% mudaram a cor da pele de uma eleição para a outra

Com as campanhas nas ruas, os candidatos começam a se revelar, mas nem tudo que eles mostram pode ser verdade. Começa com o registro de candidatura. No Acre, dos 38 candidatos eleitos na última eleição e que buscam retornar aos cargos, 40% mudaram a cor da pele de uma eleição para a outra.

Dez candidatos que se autodeclaram brancos em 2018, agora são negros e/ou indicaram a cor parda. Nessa turma estão os candidatos ao Governo do Acre, Márcio Bittar, Gladson Cameli, Sérgio Petecão e Mara Rocha.

A vice de Gladson, Mailza Gomes, também passou a ser parda, assim como os candidatos a deputado Flaviano Melo, Perpétua Almeida, major Rocha, e o candidato Edvaldo Magalhães passou de pardo para preto.

O que vem incentivando tantas mudanças nas autodeclarações pode ser a cota do fundo partidário. Uma emenda da constituição garante recursos em dobro para o partido que eleger mais candidatos negros.

Muitos candidatos para evitar esse problema com a Justiça e a sociedade, resolveram mudar a cor ou corrigir o erro da última eleição. Cinco candidatos do Acre deixaram de ser pardos e se autodeclararam brancos, são eles: Daniel Zen, André da Droga Vale, Fagner Calegário, Jesus Sérgio e Léo de Brito.

A Justiça Eleitoral está de olho em quem declara a cor errada para buscar benefícios futuros. E ela sabe que no quesito “enganar” os políticos brasileiros são mestres.

Adailson Oliveira para TV Gazeta