Como o astro está a aproximadamente 150 milhões de km da Terra, a onda de energia chegará ao planeta na segunda-feira (06/09), podendo causar uma tempestade geomagnética de classe G1. A chance disso acontecer varia entre 1,6% e 12%, mas, caso ocorra, os efeitos serão catastróficos para as redes de internet.
Uma pesquisa apresentada na conferência de dados SIGCOMM 2021 nesta semana apontou que a vulnerabilidade da América do Norte perante às ejeções de massa coronal pode interromper os serviços de internet durante meses. Estima-se que para cada dia sem conexão os EUA percam cerca de US$ 7,2 bilhões, em uma crise sem precedentes.
A Terra tem defesas naturais contra as explosões solares. Quando as rajadas de radiação vêm em direção ao planeta, a magnetosfera envia partículas carregadas aos pólos, o que cria uma espécie de pára-raios. O resultado da absorção são as famigeradas auroras boreais. Todavia, o que aconteceu na última quinta-feira é um pouco mais grave.
Diferente das explosões solares, as ejeções de massa coronal, causadas por raras tempestades magnéticas, criam enormes nuvens de plasma que podem danificar severamente as redes de energia. O sistema de abastecimento elétrico foi projetado para amenizar os efeitos do magnetismo, mas o de internet não. “A comunidade ignorou amplamente esse risco durante o planejamento das redes e sistemas geodistribuídos, como DNS e centros de dados”, diz o relatório divulgado na SIGCOMM 2021.
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